Eu conheci o Bruno quando tinha apenas 8 anos e ele 10, lembro como se fosse hoje. Estava no sofá, assistindo aos meus desenhos favoritos em um domingo de manhã, quando ele apareceu na sala, com seus olhos verdes e as covinhas mais lindas que eu já tinha visto.
Ele era o melhor amigo do meu irmão mais velho, mas me tratava como sua amiga também. Esse acabou virando o nosso combinado, todo domingo de manhã, nos juntávamos no sofá com nossos desenhos animados, biscoitos e suco de morango.
A vida era simples, até que com 13 anos eu me apaixonei por ele. Bruno, sem saber, se tornou o meu primeiro amor platônico.
O tempo passou e mais de 15 anos depois, eu já tinha superado isso, quer dizer, superei até beber umas cervejas e beijá-lo no carro. Quando vi o que fiz, tentei me afastar, mas Bruno tinha outros planos.
Nossa intensidade era tanta que decidimos transar uma única vez para tirar isso do nosso sistema, mas agora ele precisa de um lugar para ficar e, sem pensar muito, ofereci o meu apartamento. O que pode dar de errado, não é mesmo?
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