terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

DEVIL EYES

 
Não sei ao certo o exato momento que me permiti cair de amores por

você, se quer saber. Quando vi era meio que tarde demais.
Para ser honesta, querido, não posso usar o velho cliché “eu não era uma
garota de me apaixonar”. Sempre soube que o momento chegaria. E você não
foi o primeiro a se infiltrar no meu coração, muito menos a primeira vez que
senti esse maldito órgão pesar por amor. Não, não... Você foi o segundo.
Cara, você deve odiar isso. Você ama ser o primeiro, não é?
Mas você não foi, querido.
Porém, tenho a mais absoluta certeza de que será o último.
Depois de você, meu anjo, nada será tão intenso e belo o suficiente para
que eu chame de amor. Pode sorrir, pode abrir seu melhor sorriso. Aquele
carregado de egocentrismo, de orelha a orelha e que grita “o mundo é meu e
você está apenas vivendo nele”. Pode sorrir, seu convencido. Porque é a mais
pura verdade.
Você fez o primeiro amor parecer nada. Uma memória tão distante que
nem parece ter sido vivida.
Nunca sonhei com o paraíso, amor, de verdade, nunca mesmo. Sempre o
achei utópico demais para o meu gosto. É que eu o via de um jeito errado
antes de você. Hoje eu entendo melhor, amor, realmente entendo.
O paraíso não é perfeito e, se fosse, seria um terrível pesadelo. Paraíso
não é um lugar. É uma conquista.
É um estado de espírito. É a capacidade de sermos livres e de termos força
suficiente para superarmos todas as porcarias que nos lançam e atingirmos a
mais pura felicidade, de vez em quando. Soa piegas, soa ridículo. Cacete, soa
muito ridículo... Mas, às vezes, querido, a verdade é ridícula.


22:55

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