sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

PEN PAL


A primeira carta chegou no dia em que meu marido foi enterrado.


Foi carimbada na penitenciária estadual e continha uma única frase:

Vou esperar para sempre, se for preciso.

Estava assinado por Dante, um homem que eu não conhecia.

Por simples curiosidade, escrevi de volta para perguntar o que ele estava esperando, exatamente.

A resposta dele?

Você.

Eu disse ao homem misterioso que ele escreveu para a garota errada.
Ele disse que não. Eu disse que nunca nos conhecemos, mas ele disse que eu estava errada.

Nós íamos e voltámos trocando cartas a cada semana que se tornavam cada vez mais íntimas.

Então, um dia, as cartas pararam. Quando descobri o porquê, já era tarde demais.

Dante estava na minha porta.

E nada na terra poderia ter me preparado para o que aconteceu depois. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário